ASTERACEAE

Trichogoniopsis podocarpa (DC.) R.M.King & H.Rob.

EN

EOO:

5.606,285 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do estado do Rio de Janeiro (Roque, 2015). No município do Rio de Janeiro, foi coletada no Recreio dos Bandeirantes (A.B. de Souza 66), na restinga da Marambaia (C.L.F. Ichaso 179), na Restinga de Jacarepaguá (Liene 3538), na restinga de Sernambetida (Markgraf 3758). Foi coletada também no município de Saquarema (J. Fontella 3141), no município de Mangaratiba, no Campo de Provas da Marambaia (Viviane Stern da Fonseca 106) e no município de Cabo Frio, na restinga de Cabo Frio (D. Sucre 3835). Coletada também na restinga de Carapebus (J.M.L. Silva 55). Coletada na APA de Massambaba (DAC 83) de acordo com o estudo de Carvalho e Sá (2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos Filho
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015), é encontrada em diversas restingas do estado, principalmente no município do Rio de Janeiro e na Região dos Lagos. Arbusto terrícola, possui EOO=4897 km², AOO=32 km², e está sujeita a cinco situações de ameaça. Está presente na Área de Proteção Ambiental de Massambaba. As restingas do estado do Rio de Janeiro enfrentam uma situação de conservação bastante delicada, sob bastante pressão advinda de ações antrópicas. A intensa expansão imobiliária da Região dos Lagos acarreta uma significativa destruição da paisagem natural da região, em especial das restingas (Dantas et al., 2001). A criação da APA de Massambaba não inibiu a ocupação irregular da região, configurando também uma ameaça à espécie (Santiago e Deslandes, 2011). Esse conjunto de ameaças acarreta declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade de hábitat.

Último avistamento: 1995
Quantidade de locations: 5
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Phytologia 45(2): 113. 1980

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: bush
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Fitofisionomia: Vegetação de Restinga
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Arbusto terrícola, de ocorrência em Floresta Ombrófila e Restinga, no domínio Mata Atlântica (Roque, 2015). Foi registrada como erva heliófila em registro de coleta (Viviane Stern da Fonseca 106). Registrada como subarbusto em registro de coleta (D. Sucre 8053). Coletada em restinga arenosa (A.P. Duarte 4169).
Referências:
  1. Roque, N., 2015. Trichogoniopsis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB5530>. Acesso em: 27 Mar. 2015.

Reprodução:

Detalhes: Coletada com flores nos meses de abril (Liene 3538), setembro (G. Martinelli 496), outubro (J. Fontella 3141) e dezembro (Markgraf 3758). Apresenta flores viscosas (Markgraf 3758), violáceas (J. Fontella 3141). Coletada também com capítulos brancos (D. Sucre 5860).
Fenologia: flowering (Apr~Apr), flowering (Sep~Sep), flowering (Oct~Oct), flowering (Dec~Dec)

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present,future local high
A região da APA de Massambaba sofreu com um histórico de ocupação irregular, que, mesmo após a criação da Área de Proteção Ambiental, que visava a regulação do uso do solo da região, não impediu a persistência da ocupação irregular e desordenada (Santiago e Deslandes, 2011).
Referências:
  1. Santiago, R.B., Deslandes, R., Rica, C., 2011. Politicas públicas e ordenamento territorial em áreas de preservação ambiental na região dos lagos, rio de janeiro 1–8.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Tourism & recreation areas habitat,occurrence past,present,future local very high
A intensa expansão imobiliária, propulsionada pelo turismo de veraneio na Região dos Lagos, acarreta em fortes impactos ambientais da vegetação natural da região, diversos loteamentos indiscriminados causam consideráveis danos ambientais, que, além de destruírem a vegetação de restinga, promovem a contaminação das lagunas costeiras e do lençol freático. Somado a isso, ainda, a ocupação de antigas salinas para empreendimentos imobiliários e a exploração de areia para a construção civil exercem forte pressão em uma região de delicado equilíbrio ecológico (Dantas et al., 2001).
Referências:
  1. Dantas, M.E., Shinzato, E., Medina, A.I.M., Silva, C.R., Pimentel, J., Lumbreras, J.F., Calderano, S.B., Carvalho Filho, A., 2001. Diagnóstico geoambiental do estado do Rio de Janeiro. CPRM, Brasília.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
Segundo Carvalho e Sá (2011) a espécie ocorre na APA de Massambaba (DAC 83).
Referências:
  1. De Carvalho, D.A., de Sá, C.F.C., 2011. Estrutura do estrato herbáceo de uma restinga arbustiva aberta na APA de Massambaba, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia-Instituto Pesqui. Jard. Botânico do Rio Janeiro 62.